sexta-feira, 16 de março de 2018

«DANTON»

Couraçado francês da Grande Guerra. Foi construído pelo arsenal de Brest, que o deu como concluído em 1911. Era um navio que deslocava mais de 18 000 toneladas e que media 145 metros de comprimento por 25,80 metros de boca. O seu aparelho propulsor (de turbinas) dispunha de 26 caldeiras a vapor do tipo 'Belleville' alimentadas a carvão; que lhe garantiam uma potência de 22 500 cv e que lhe proporcionavam uma velocidade máxima ultrapassando os 19 nós. O «Danton» dispunha de espessa couraça, que na cinta de casco podia atingir a espessura de 255 mm e 300 mm na torre de comando. O navio -que tinha uma tripulação de 920 homens- estava armado com 4 peças de 305 mm, 12 de 240 mm, 16 de 75 mm e com 2 tubos lança-torpedos de 450 mm. Destacado para o Mediterrâneo, ficou registado no porto militar de Toulon. Deu o nome à sua classe, que pertenceu a uma categoria de navios que antecedeu os 'dreadnought'. Durante a sua vida operacional, o «Danton» esteve em Inglaterra nas cerimónias comemorativas do coroamento do rei Jorge V, após as quais foi integrado na 1ª Esquadra com os seus congéneres (mais modernos) «Courbet» e «Jean Bart». Em 1913 foi teatro de uma explosão acidental, que matou 3 dos seus marinheiros. Durante a Grande Guerra, este navio esteve nos Dardanelos, onde se opôs à frota turca. No dia 19 de Março de 1917, quando se dirigia de Toulon para Corfú (na Grécia) para cumprir nova missão, o «Danton» foi interceptado e alvejado, ao largo da Sardenha, pelo submarino inimigo «U-64». Que o afundou com dois torpedos certeiros. As perdas de tripulantes elevaram-se a 296 homens, pertencentes às tripulações do couraçado e de diferentes navios a operar nos mares do Levante e que seguiam a bordo como simples passageiros. O soçobro durou cerca de meia hora, facto que permitiu ao contratorpedeiro «Massue» e ao pesqueiro «Louise Marguerite» salvar 806 homens. Os destroços do couraçado «Danton» foram descobertos, em 2007, a 35 km da costa sarda e a 1 000 metros de profundidade, aquando dos estudos feitos, naquele lugar, por técnicos holandeses, que definiam o traçado de um gasoduto que deveria ligar a Argélia a Itália. Depois disso, o naufrágio tem sido objecto de estudos efectuados pelas autoridades navais.

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