sexta-feira, 29 de julho de 2016

«GUADIANA»

Contratorpedeiro da Armada Portuguesa dos tempos da Grande Guerra. Era um navio da classe 'Douro', que foi construído no arsenal do Alfeite em 1915 com supervisão técnica britânica. Deslocava 700 toneladas e media 73,15 metros de longitude por 7,16 metros de boca. O seu calado cotava 4,20 metros. Era movido por 3 turbinas a vapor com uma potência de 17 000 hp acopladas a 3 veios. A sua velocidade máxima era de 27 nós. Estava armado com 1 peça de 100 mm, com 2 de 76 mm, com 2 tubos lança-torpedos de 450 mm, com lançadores de cargas de profundidade e com 20 minas. A sua guarnição era constituída por 73 homens, incluindo oficiais. Desta classe, foram construídos (para além do «Douro» e do «Guadiana») os navios «Vouga» e «Tâmega». Todos eles no mesmo estaleiro. De entre as missões que este contratorpedeiro cumpriu ao serviço da marinha de guerra portuguesa, contam-se o apresamento dos mercantes alemães surtos no estuário do Tejo, a integração no dispositivo naval de defesa de Lisboa, escoltas -até aos portos de França- dos transportes de tropas (do CEP) e material de guerra, a defesa do governo contra as forças partidárias de Sidónio Pais. Em 1917 (a 31 de Julho) sofreu um encalhe na zona do cabo Raso, que lhe provocou avarias; o que o brigou a sofrer trabalhos de estaleiro. Em inícios de 1918, estava em Brest, onde a sua guarnição representou Portugal numa cerimónia seguida de desfile militar, na qual participaram várias marinhas e exércitos aliados. Em Abril desse derradeiro ano de conflito, o «Guadiana» encontrava-se, de novo em França, país onde sofreu grave avaria no seu sistema propulsor, o que o obrigou a demandar o porto de Nantes, onde foi reparado. Aquando do armistício (assinado entre nações beligerantes a 11 de Novembro de 1918) o navio já se encontrava em Portugal. Manteve-se no serviço activo até 1942 (quando o mundo já se confrontava numa nova guerra planetária), ano em que foi enviado para a sucata.

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