quarta-feira, 1 de julho de 2015

«AVENTURERO»

Xaveco setecentista da armada real espanhola. Foi lançado à água no dia 12 de Maio de 1753 pelo Arsenal de Cartagena, que o construiu para combater -no mar Mediterrâneo- a pirataria barbaresca. Não encontrámos fontes onde recolher dados sobre as suas dimensões. Mas sabe-se que era suficientemente grande para acolher uma guarnição de 200 homens e uma bateria de 30 canhões de diversos calibres. Tinha casco em madeira (naturalmente) e estava equipado com 3 mastros, que envergavam velas latinas. O xaveco -igualmente utilizado pelos magrebinos- era um navio veloz e muito manobrável, o que fazia dele o veleiro ideal para efectuar ataques inesperados contra a navegação inimiga. O «Aventurero» chegou a arvorar as insígnias de navio-almirante de várias flotilhas espanholas empenhadas na luta contra os corsários de Argel e de Túnis. Teve três gémeos, que se chamaram «Catalán», «Gitano» e «Ibicenco». Em 1766, o «Aventurero» voltou ao estaleiro que o construiu, para ali sofrer trabalhos que o transformaram em 'chambequín'; tipo de embarcação que resultava da substituição do velame latino por um aparelho de fragata. A última navegação do «Aventurero» teve início no porto de Cádiz (em 13 de Abril de 1767), quando se encontrava sob o mando do capitão-de-fragata D.José de Urratia. O destino era o Rio da Prata, onde nunca chegou, por ter encalhado no chamado Banco Inglês (a 28 de Junho desse mesmo ano), situado a sudeste da cidade de Montevideu. Toda a guarnição do navio pôde ser salva. Nota : a imagem anexada não representa o «Aventurero», mas, isso sim, um navio do seu tipo e da sua época.

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