terça-feira, 2 de setembro de 2014

«MONARCA»

Navio de guerra espanhol de finais do século XVIII. Foi construído em 1794, nos Reales Astilleros de Esteiro,  no Ferrol, Galiza. Pertencia à classe 'Montañés' e à série dita dos 'San Ildefonsinos', projectada pelo famoso engenheiro naval Romero Landa. Deslocava 1 640 toneladas e media 50,80 metros de longitude por 13,92 metros de boca. O seu calado era de 6,70 metros. Estava armado (tal como os outros navios do seu tipo) com 74 canhões de distintos calibres, distribuídos por duas cobertas. A sua guarnição era composta por 672 marinheiros e soldados. Colocado sob a protecção de São Caetano, este vaso de guerra teve como primeiro capitão José Justo Salcedo e foi integrado na esquadra de Juan de Lángara. A sua primeira missão oficial foi executada aquando da defesa de Rosas, durante a guerra contra a república francesa. Em Outubro de 1805, o «Monarca» (comandado pelo capitão Teodoro Argumosa) foi lançado na batalha de Trafalgar, contra as esquadras de Horácio Nelson. Depois de ter afrontado vários navios britânicos, que muito o castigaram e que lhe causaram 100 mortos e 150 feridos, o navio rendeu-se à guarnição do HMS «Bellerophon». Com uma força de presa constituída por 55 marinheiros ingleses, os espanhóis decidiram sabotar o «Monarca» e deixá-lo derivar (ao sabor de uma tempestade), na esperança de alcançar Cádiz ou qualquer outro porto amigo. Mas o navio foi alcançado pelo HMS «Leviathan», que resgatou a marinhagem inglesa e deixou o veleiro ibérico à mercê do temporal. A 28 de Outubro, o  «Monarca» deu à costa em Arenas Gordas (entre San Lúcar de Barrameda e Huelva), onde, três dias mais tarde, o HMS «Naid» o incendiou, para o colocar definitivamente fora e combate. Nota : a ilustração anexada representa o «Neptuno», um navio similar ao «Monarca» e igualmente armado com 74 bocas de fogo.

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