quinta-feira, 18 de julho de 2013

«AÇOR»

Este navio -um palhabote- foi construído num estaleiro de Fão, por mestre António Dias dos Santos. Uma das fontes consultadas (que são raras, no que a este veleiro diz respeito) dá-o como lançado ao mar no ano de 1891. Chamou-se, inicialmente, «Dona Theresa» e foi propriedade do armador J. José da Encarnação. Em 1903, apareceu integrado na frota bacalhoeira da Parceria Portuguesa de Pescarias, uma empresa com sede em Lisboa. Com uma tripulação de 29 homens (pescadores incluídos), o «Açor» fez várias viagens aos Grandes Bancos, inclusivamente durante os perigosos anos da 1ª Guerra Mundial. Como tantos outros navios portugueses do seu tempo, este palhabote da P.P.P. foi destruído por uma unidade da marinha imperial alemã. Surpreendido por um submarino tudesco (não-identificado) ao largo do cabo de São Vicente, no dia 16 de Agosto de 1917, o «Açor» foi afundado com o auxílio de uma carga explosiva, depois da sua tripulação ter recebido ordens para evacuar o navio. O «Açor» tinha uma arqueação bruta de 182,82 toneladas e media 31,80 metros de comprimento por 7,94 metros de boca. O seu pontal era e 3,30 metros. Notas : a imagem adicionada não representa o palhabote em apreço, mas um navio do seu tipo. O palhabote é um veleiro de 2 mastros, que enverga pano latino e áurico, também chamado latino quadrangular. A palavra palhabote entrou na língua portuguesa através  dos termos ingleses 'pilot boat'.

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