terça-feira, 11 de junho de 2013

«SAUDADES»

Navio de transporte construído em 1913, nos estaleiros alemães da firma Flensburger Schiffsbau A. G., com o nome de «Phoenicia». Com o rebentar das hostilidades em 1914, este navio foi uma das muitas embarcações da marinha mercante germânica que procurou refúgio no porto de Lisboa. Que todas foram apresadas pelas nossas autoridades marítimas (por solicitação britânica feita ao governo de Portugal) em 1916. Acto hostil, que justificou a declaração de guerra da Alemanha ao nosso país. O navio, que pertencia à frota da HAPAG (a famosa Hamburg-Amerika Linie), recebeu o novo nome de «Peniche» e foi integrado  numa empresa criada especialmente para integrar os navios apresados e denominada Transportes Marítimos do Estado. Em 1925, o ex-«Phoenicia» foi vendido, num lote de 8 navios, à Sociedade Geral de Comércio, Indústria e Transportes (de Alfredo da Silva), onde tomou o seu derradeiro nome de «Saudades». Destinado ao transporte de carga geral, este navio também estava equipado com cabines aptas a acolher 14 passageiros. O «Saudades» funcionava com uma tripulação de 39 membros e serviu nas linhas exploradas pela Sociedade Geral, que ligavam Portugal ao norte da Europa, às Américas e (sobretudo) à África. Este navio (registado na capitania do porto de Lisboa e que seria desmantelado em 1959, depois de quase meio século de uso) apresentava as seguintes características : 6 430 toneladas de deslocamento; 116,16 metros de comprimento; 15,58 metros de boca; 7,15 metros de calado. A propulsão deste navio era assegurada por 1 máquina a vapor de tríplice expansão (desenvolvendo uma potência de 2 226 cv) e por 1 hélice. A sua velocidade máxima era de 10 nós.

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