quinta-feira, 13 de junho de 2013

«AOBA»

Cruzador da armada imperial japonesa. Foi um dos dois navios da classe que tomou o seu nome. O outro cruzador deste tipo chamou-se «Kinugasa» e, como o navio em apreço, foi construído em 1926. O «Aoba» foi realizado pelos estaleiros Mitsubishi, de Nagasaqui e integrou os efectivos da marinha de guerra nipónica a 20 de Setembro de 1927. Deslocava 8 300 toneladas e media 185 metros de comprimento por 15,80 metros de boca. o «Aoba» sofreu, no entanto, modificações e restauros, que iriam modificar essas cotas. A sua propulsão era assegurado por máquinas a vapor (dotadas de caldeiras e turbinas) que desenvolviam uma potência global de 102 000 shp e que lhe permitiam atingir uma velocidade máxima de 36 nós. Este cruzador pesado foi, inicialmente, armado com 6 peças de 200 mm, com 4 de 120 mm e com 12 tubos lança-torpedos de 610 mm. Modificações posteriores substituiriam os canhões principais por armas de 203 mm, reduziriam o número e lança-torpedos para 8 e juntariam à sua panóplia meia centena de peças antiaéreas de 25 mm. O «Aoba», que também chegou a transportar 2 hidros, tinha uma guarnição de 657 homens. Este navio iniciou a sua carreira operacional nas costas da China e, quando em 1941 rebentou a guerra contra os Aliados, tomou parte nos combates contra a frota norte-americana do Pacífico. Arvorando as insígnias do contra-almirante Aritomo Goto, o «Aoba» tomou parte na invasão das ilhas de Guam e de Wake. E também nas operações contra as ilhas Salomão, contra a Nova Guiné e foi envolvido nos desembarques de tropas que conquistaram, sucessivamente, várias ilhas de interesse estratégico para os japoneses. Mais tarde, esteve presente nas renhidas batalhas do Mar do Coral (Maio de 1942), da ilha de Savo (Agosto de 1942) e do Cabo Esperança (Outubro de 1942). Durante este último confronto com o inimigo ianque, o «Aoba» foi severamente atingido e teve de procurar abrigo na ilha de Truk para reparar os danos. Mas o almirante Yamamoto, que inspecionou o navio, ordenou que regressasse ao Japão para se submeter a reparações mais aprofundadas. Em Dezembro de 1943, o «Aoba», já recuperado, foi incorporado na 1ª Frota Expedicionária do Sul e despachado para Singapura. A pardir dali, assegurou, essencialmente, escoltas de navios navegando no Índico. O mês de Outubro de 1944 foi um mês catastrófico para este cruzador, já que (a 11) sofreu um abalroamento com um outro navio japonês e no dia 23 foi atacado pelo submarino USS «Bream», que logrou atingi-lo com um torpedo. Facto que o obrigou a voltar a um estaleiro naval (desta vez nas Filipinas) para receber novos restauros. Finalmente, a 29 de Outubro, quando integrava um comboio com destino ao arquipélago nipónico, foi alvejados por aparelhos da aeronaval americana. Escapou, no entanto,  a mais essa prova e conseguiu ganhar o porto de Kure. Ali foi alvo de dois novos ataques aéreos inimigos (ocorridos a 24 de Abril e a 24 de Julho de 1945), que o maltrataram seriamente e ditaram o seu abandono definitivo. Mas, nessa altura, já os americanos estavam às portas de um Japão às portas da derrota e da ocupação militar.

Sem comentários:

Enviar um comentário