sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

«DIVONA»


Paquete britânico construído nos estaleiros navais de Fairfield (Glásgua). Foi lançado à água a 29 de Setembro de 1886 com o primitivo nome de «Ormuz». O seu primeiro proprietário e utilizador foi a Orient Line Company, que o vendeu, em 1912, ao armador francês Compagnie de Navigation Sud Atlantique; sociedade que lhe substituiu o nome para «Divona» Era um navio com 6 812 toneladas de arqueação bruta, medindo 146,76 metros de comprimento por 15,92 metros de boca. Navegava graças a 1 máquina desenvolvendo 8 000 cv de potência e 1 hélice. A sua tripulação era constituída por 208 membros. Podia receber a bordo 108 passageiros de 1ª classe, 143 de 2ª e 330 emigrantes, alojados em condições de conforto algo precárias. A sua viagem inaugural -com bandeira francesa- iniciou-se a 19 de Outubro de 1912 e teve como destino Buenos Aires. Em Dezembro de 1915, já em plena guerra de 1914-18, o navio foi mobilizado no porto de Saint Nazaire e comissionado como navio-hospital. O que obrigou, obviamente, a transformações, que foram realizadas no arsenal de Toulon. Nessa sua nova configuração, o «Divona» recebeu 600 leitos e um corpo de pessoal sanitário adequado à sua nova condição. O navio passou, desde logo, a operar no Mediterrâneo, sobretudo entre Salónica e os portos de Bizerta (Tunísia) e Toulon, onde desembarcava os militares doentes e/ou feridos na frente do Levante. O «Divona» foi restituído ao seu armador no dia 1 de Abril de 1918, ainda antes de ter terminado a Grande Guerra. O regresso à vida civil obrigou o navio a novos trabalhos de reparação e de remodelação, que foram feitos num estaleiro de Marselha. Mas este paquete ainda não tinha terminado o seu serviço militar, visto ter sido, de novo e no imediato pós-guerra, requisitado pelo Ministério das Colónias para assegurar o transporte de tropas metropolitanas para a Argélia. Em 1919 este navio participou, também, no repatriamento de militares sérvios, que desembarcou no porto e Ragusa. Em 1920, o «Divona foi, desta vez definitivamente, dispensado de actividades parabélicas e recolheu a um estaleiro de Bordéus para, uma vez mais, beneficiar de melhoramentos. A sua carreira civil terminou, no entanto, em meados de 1922, quando foi vendido para a sucata e desmantelado no porto de Savona, Itália.

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