terça-feira, 21 de junho de 2011

«SERAPH»


Submarino da ‘Royal Navy’, pertencente à classe ‘S’. Foi construído e lançado à água pela firma Vickers Armstrong Ltd, de Barrow-in-Furness (G.B.) em 1941 e inscrito na lista de navios da armada real britânica em 27 de Junho de 1942. Deslocava 990 toneladas em imersão e media 66 metros de comprimento por 7,16 metros de boca. Movia-se, como todos os navios da sua categoria e do seu tempo, graças um sistema motor diesel/eléctrico, que lhe proporcionava as velocidades máximas de 14,5 nós à superfície e 8 nós em imersão. O HMS «Seraph» tinha uma guarnição de 44 homens, com oficiais incluídos. O seu armamento era constituído por 2 peças de artilharia (1 de 76 mm e 1 de 20 mm), por 3 metralhadoras e por 7 tubos lança-torpedos de 533 mm, sendo um deles situado à ré do submersível. A sua primeira missão foi executada em águas norueguesas, onde participou em operações de patrulhamento. Transferido para o mar Mediterrâneo em fins de Agosto de 1942, o «Seraph» foi protagonista de várias operações ultra secretas : transporte para o norte de África do general Mark W. Clark, do exército dos E.U.A., que ali se avistou (em negociações confidenciais) com representantes do governo colaboracionista de Vichy; transporte para Gibraltar do general Giraud, para um encontro com Eisenhower; operação ‘Mincemeat’, que -com o episódio do ‘homem que nunca existiu’- constituiu uma das mais sensacionais mistificações do 2º Conflito Mundial. O «Seraph» esteve, igualmente, no apoio aos desembarques aliados da Sicília e da Normandia, para além de ter executado muitas outras missões mais banais, tais como a protecção de comboios navais e operações clássicas de guerra submarina . Modernizado após o armistício, o «Seraph» foi desactivado em 1962, depois de ter cumprido 21 de serviço. Curiosidade : o navio (cujo número de amura era P219) foi desmantelado, mas algumas peças da sua torre de comando foram preservadas e expostas na cidadela de Charleston, na Carolina do Sul (E.U.A.), sendo este o único lugar dos ‘states’ onde o pavilhão da ‘Royal Navy’ pode ser, legalmente, içado.

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