sábado, 15 de janeiro de 2011

«VATERLAND»


Quando o «Vaterland» foi lançado à água, no dia 3 de Abril de 1913, era não somente o maior paquete da Hapag e de toda a frota mercante germânica, mas, também, o maior navio do mundo do seu tempo. Foi curtíssima a sua carreira com a bandeira da Alemanha. Com efeito, este navio, que iniciou a sua viagem inaugural -entre Cuxhaven e Nova Iorque- a 14 de Maio de 1914, foi colocado sob sequestro no grande porto da costa leste dos Estados Unidos e confiscado pela armada norte-americana, aquando da entrada em guerra (Abril de 1917) do país do tio Sam. Baptizado «Leviathan» pelos seus novos donos, o navio começou por transportar tropas para a Europa durante o conflito mundial. Praticamente abandonado entre 1919 e 1923, o gigantesco navio acabou por ser restaurado e retransformado em paquete de luxo. O seu deslocamento passou, então, para cerca de 60 000 toneladas (em vez das 54 000 toneladas de origem) e o seu interior foi dividido em confortáveis camarotes podendo receber 2 790 passageiros. O ex-«Vaterland», colocado na prestigiada linha Nova Iorque-Southampton pela companhia United States Line, nunca chegou, no entanto, a concurrenciar seriamente os seus rivais franceses e britânicos, que ofereciam um serviço de maior requinte, nomeadamente a nível da gastronomia servida a bordo. Depois de se ter revelado um negócio financeiro desastroso, o «Leviathan» passou, sucessivamente, sob o controlo das sociedades P.W. Chapman (em 1929) e International Mercantile Marine (em 1932). Modernizado em 1934, o paquete ainda fez quatro viagens de ida e volta à Europa, antes de ser desactivado. Em Dezembro de 1937 o «Leviathan» foi vendido a uma firma britânica de demolições, a Metal Industries Ltd., que o levou para um estaleiro de Rosyth (na Escócia), onde o navio foi desmantelado no ano de 1938. O «Vaterland» media 289,20 metros de comprimento por 30,50 metros de boca. O seu primitivo sistema propulsor (que desenvolvia uma potência de 90 400 cv) facultava-lhe uma velocidade máxima de 26 nós. Na sua primeira configuração, o paquete alemão -que fora construído pelos estaleiros hamburgueses da casa Blohm und Voss- podia receber 3 889 passageiros.

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