sábado, 15 de janeiro de 2011

«JERVIS BAY»


Navio de bandeira britânica. Foi construído, em 1922, nos estaleiros navais da Vickers & Cº, Ltd, em Barrow-in-Furness (norte de Inglaterra) para o armador Aberdeen & Commonwealth Line. Era um navio de transporte misto (passageiros/carga), que deslocava cerca de 15 000 toneladas e media 167 metros de comprimento por 21 metros de boca.. O seu sistema propulsivo garantia-lhe uma velocidade máxima de 15 nós. Requisitdo pela ‘Royal Navy’ depois da eclosão da Segunda Guerra Mundial e transformado em cruzador-auxiliar, o «Jervis Bay» recebeu canhões de 152 mm e peças AA de 76 mm, antes de ser comissionado (em Outubro de 1940) para escoltar comboios de navios dos Aliados a operar no Atlântico norte. A 5 de Novembro desse mesmo ano, quando assegurava (sozinho) a protecção do comboio HX-84, que rumava de Halifax (Nova Escócia) para as ilhas britânicas, o ex-mercante foi surpreendido pelo couraçado alemão «Admiral Scheer». O comandante do «Jervis Bay» (capitão Edward Fegen) teve a inteligência de mandar dispersar os navios à sua guarda, antes de afrontar o couraçado inimigo numa luta desigual e antecipadamente perdida. Atingido pelo tiro devastador dos canhões de 280 mm do couraçado nazi, o navio inglês incendiou-se e soçobrou a 755 milhas náuticas a sul de Reykjavik. 65 membros da sua tripulação (de entre 250) foram socorridos e salvos por um navio neutro, o sueco «Stureholm». O capitão Fegen foi para o fundo com o seu navio, recebendo a ‘Victoria Cross’ a título póstumo, já que a sua estratégia permitiu salvar a maior parte das unidades que compunham o comboio HX-84. Placas comemorativas lembrando o sacrifício dos homens do cruzador-auxiliar «Jervis Bay» existem em Saint John’s (no Canadá), um dos pontos de concentração dos comboios do Atlântico norte, e em Wick (na Escócia), terra de naturalidade de muitos dos tripulantes do infortunado navio.

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