segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

«MOÇÂMEDES»


Navio português da frota da Companhia Nacional de Navegação. Foi construído em Inglaterra, por encomenda desta firma de transportes marítimos, pelo estaleiro Bertran & Sons, de Sunderland. Foi lançado à água no dia 26 de Setembro de 1946 e entregue em 1 de Abril do ano seguinte ao seu primeiro comandante, capitão Frederico Freire. A primeira viagem do «Moçâmedes» realizou-se (com carga diversa) entre Glásgua e Lisboa. À sua chegada ao Tejo, o navio recebeu a visita do ditador Salazar e a do então ministro da marinha, almirante Américo Thomaz. O destino privilegiado do novo navio da C.N.N. foi o das colónias portuguesas de África, passado o «Moçâmedes» a escalar, com frequência, os portos de São Tomé, de Luanda, do Lobito, de Moçâmedes», de Lourenço Marques e da Beira. Além da habitual rota de África, o navio também fez dez viagens à Índia portuguesa e duas aos Estados Unidos da América. A partir de 1971 ainda assegurou uma carreira entre Portugal e alguns destinos do mar Mediterrâneo. Além da carga (para a qual estava particularmente vocacionado), o «Moçâmedes» também podia receber 12 passageiros distribuídos por 8 camarotes. Este navio, que era gémeo do «Rovuma», tinha uma tribulação de 43 homens. Deslocava cerca de 13 000 toneladas e o seu volume de carga era de 15 100 m3, incluindo 114 m3 de câmaras frigoríficas. O navio media 130,40 m de comprimento por 17,90 m de boca e movia-se graças a um motor diesel com 4 850 bhp, que lhe imprimia uma velocidade máxima de 14,5 nós. O «Moçâmedes», considerado obsoleto no início dos anos 70 (do século XX, obviamente), foi vendido para a sucata em 1973. Foi desmantelado num estaleiro da especialidade localizado na ilha Formosa (a actual Taiwan) na primavera do ano seguinte.

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