sábado, 27 de novembro de 2010

«LONDON»


Cruzador pesado da marinha real britânica, construído em 1926/1927 pelo arsenal de Portsmouth. O navio só foi inscrito oficialmente nos efectivos da ‘navy’ em 31 de Janeiro de 1929, data em que integrou a 1ª Esquadrilha de Cruzadores -colocada sob as ordens do almirante Max Horton, do qual chegou a ostentar as insígnias- onde se manteve até 1939. O HMS «London» deslocava mais de 13 300 toneladas em plena carga e media 193 metros de comprimento por 20 metros de boca. A força libertada pelo seu sistema propulsivo permitia-lhe navegar à velocidade máxima de 32 nós. O navio estava armado com inúmeras peças de artilharia, de entre as quais se destacavam 8 canhões de 203 mm, 4 outros de 102 mm e 8 tubos lança-torpedos de 533 mm. A sua guarnição completa era formada por 784 oficiais, sargentos e praças. A sua primeira acção de relevo teve lugar em 1939, durante a guerra civil espanhola, quando evacuou de Barcelona (com o seu gémeo «Shropshire») milhares de civis cercados na cidade catalã pelas tropas franquistas. Ainda em 1939 entrou no estaleiro para sofrer amplas transformações e melhoramentos. Esses trabalhos, que só terminaram em 1941, alteraram-lhe sensivelmente a silhueta, mas aumentaram as suas capacidades de navegação e de combate. Esteve implicado na perseguição ao «Bismarck», antes de partir em missão para as águas da África do Sul, onde ajudou a neutralizar vários navios alemães, nomeadamente o «Babitonga», que era o reabastecedor do famoso corsário «Atlantis». Esteve também no Atlântico norte e no Oceano Glacial Árctico, onde deu protecção aos comboios de Murmansk; e no Extremo-Oriente, onde cumpriu várias missões contra a marinha nipónica. Foi a bordo do «London» que o vice-almirante Hirose, comandante-chefe das forças japonesas estacionadas na ilha de Sumatra, assinou a sua rendição. Depois da guerra, o cruzador sofreu nova modernização (na Inglaterra) e voltou, de seguida, aos mares do Oriente. A tempo ainda de se ver implicado no famoso incidente que confrontou (no rio Azul) a fragata «Amethyst» e a sua guarnição com os comunistas chineses. O «London» foi, nessa ocasião, atingido pelo fogo dos partidários de Mao (que matou 13 marinheiros a bordo) e ripostou com o fogo das suas peças. O veterano navio regressou à metrópole em inícios do ano de 1950, sendo imediatamente desarmado e enviado para a sucata. Foi desmantelado pela firma TW Ward, de Barrow-in-Furness.

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