sábado, 30 de janeiro de 2010

«SYDNEY»


O cruzador «Sydney» -um dos três navios da classe ‘Amphion’- foi construído em 1934 nos estaleiros ingleses da casa Swan Hunter & Wigham Richardson (localizados em Wallsend) e cedido à marinha de guerra australiana. Era um navio com 171,30 m de comprimento por 17,10 m de boca, deslocando 6 830 toneladas e capaz de navegar a uma velocidade superior a 32 nós. Da sua artilharia principal constavam 8 peças de 6 polegadas, 4 peças AA de 4 polegadas, além de três grupos de metralhadoras pesadas de 0,5 polegadas. Dispunha também de 8 tubos lança-torpedos de 21 polegadas e de uma catapulta capaz de lançar um hidroavião ‘Seagull’ ou ‘Walrus’. Foi destacado para o Mediterrâneo, na sequência da invasão mussouliniana da Abissínia, participando, assim, no bloqueio dos portos italianos decretado pela Sociedade das Nações, organismo precursor da O.N.U.. Depois da eclosão da 2ª Guerra Mundial o «Sydney» participou, com sucesso, em vários combates contra as forças navais do ‘Duce’. Mas, quando em 1941 se detectou a presença de navios-corsários alemães no Pacífico sul e se começaram a contabilizar as perdas de navios mercantes Aliados nessa zona do globo, o «Sydney» rumou à Austrália para dar caça aos intrusos. No dia 19 de Novembro de 1941, o vaso de guerra australiano localizou um deles -o cruzador-auxiliar «Kormoran»- e travou com ele um violento duelo de artilharia. Ao qual nenhum dos navios rivais logrou sobreviver. Atingido por vários torpedos do adversário, o «Sydney» afundou-se com 645 homens a bordo. Nenhum deles se salvou. Envolvido numa nuvem de mistério, o dramátrico naufrágio deste navio só começou a ser desvendado depois dos seus restos terem sido localizados (em Março de 2008, a 150 km ao largo da baía Shark) e estudados por uma equipa de arqueólogos submarinos.

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